1 de outubro de 2012

Celular criptografado

 

 

Tharita Cherulli

Celular com criptografia

No cinema, agentes secretos usam celulares capazes de codificar todas as suas conversas ou de se autodestruir em 10 segundos. Na vida real, existe uma solução parecida para quem costuma conversar sobre assuntos sigilosos pelo telefone – como empresários e políticos – e não quer ver informações vazarem.

O celular Enigma E2, da Tripleton, não tem nem de longe as mesmas funções de um iPhone 4S ou Galaxy S III, mas traz um recurso incomum: um chip capaz de criptografar as ligações. Com isso, grampeá-lo torna-se bem difícil. Para o sistema funcionar, é necessário ter dois aparelhos iguais, o que não sai barato. Cada celular custa, em média, 8 500 reais. A proteção só existe quando um Enigma E2 liga para o outro. “É gerado um código randômico para cada telefonema”, afirma Tharita Cherulli, diretora-executiva da Partners Risks, responsável pela comercialização do sistema no Brasil. Os dois aparelhos trocam chaves, o que permite escutar a conversa, codificada por um algoritmo simétrico AES de 256 bits. Chamadas para celulares comuns ou telefones fixos não são protegidas.

O design do Enigma E2 lembra o dos aparelhos fabricados há três anos. A câmera tem só 3 megapixels e o celular possui autonomia para duas horas e meia de conversação protegida. Não há tela sensível ao toque, nem loja de aplicativos. Uma versão mais simples, o Enigma T301B, já era vendido pela Partners Risks. Segundo Tharita, a maior parte dos clientes da empresa está em São Paulo, Brasília e Fortaleza. Por isso, se você estiver em uma dessas cidades e topar um político com um celular meio estranho nas mãos, pode desconfiar.

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